Professores de Pouso Alegre mais uma vez não recebem o percentual de reajuste do piso salarial e as perdas chegam em 32%
Os professores da rede municipal de Pouso Alegre não recebem o piso salarial nacional, o reajuste do piso salarial não é aplicado no munícipio desde 2017, sem haver uma política de valorização do magistério a remuneração salarial dos professores do munícipio passa a ser uma das menores em comparação com diversos munícipios da região que tem muito menos arrecadação e uma economia muito inferior ao município de Pouso Alegre.
Enquanto, o reajuste do piso salarial nacional anunciado pelo governo federal foi de 14,95%, o prefeito anunciou um percentual de 7,50% e mesmo apresentando um ganho real de menos de 2%, o salário do professor de Pouso Alegre passa a ter uma perda de 32% em relação ao piso salarial nacional, R$1.416,47 a menos.
Em 2022, o salário dos professores do munícipio ficou R$1.052,09 abaixo do piso nacional, 2023 cresce essa diferença, o professor do munícipio passa a receber R$1.416,47 a menos.
A presidente do Sipromag, Dulcinéia Costa, lamenta “a falta de uma política de reconhecimento e valorização aos professores que ocorre em Pouso Alegre é uma demonstração clara de falta de reconhecimento com os profissionais da educação, um munícipio que tem um dos maiores orçamentos da região e que em relação a remuneração oferece um dos piores salários. Essa situação não respeita o percentual de reajuste do piso salarial nacional, e coloca em contradição a exigência com qualidade, querendo doutores em educação, mas o estudo dos professores não é valorizado conforme exige a LDB e ocorre em diversos munícipios da região. As salas de aulas lotadas é uma forma do município receber mais repasse do FUNDEB, sem pagar bem quem trabalha na sala de aula e faz com que os recursos sejam repassados ao munícipio. Por essas e outras ações, Pouso Alegre não é mais uma cidade atrativa para a profissão do magistério”.
Dulcinéia continua, “recebi no final da tarde de ontem (25 de janeiro) a informação por meio de um representante da prefeitura que na próxima semana a administração estará agendando uma reunião com o sindicato para tratar da pauta da data base 2023, esperamos que o prefeito receba a categoria, dialogue e que as negociações possam ser produtivas para o município ser reconhecido como quem investe na valorização do professor e da educação pública municipal” finalizou a presidente.
Educação não é gasto, é investimento. O piso integral é uma política de quem reconhece e valoriza o professor!
